quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Autora Entrevistada: MARTHA RICAS

Autora Martha Ricas
Nascida em São Paulo, onde ainda reside. Desde pequena, adora a arte em suas mais diversas formas: compunha para a lua, escrevia diários de garatujas e desenhava personagens imaginários. Na adolescência, se envolveu com a música onde atuou como vocalista.
Quando precisou escolher a faculdade, sempre tinha por certo que seria Comunicação Social, porém seu gosto pela leitura de alguma forma falou mais alto, formou-se em Letras por amar o encanto da Literatura e sua alquimia de palavras: Atualmente, leciona português e inglês.
Continua a cantar e tocar violão nas horas vagas, escreve para o seu blog, além de se aventurar pelo design de interiores e dança. Vê na escrita uma forma de expressão artística e um passaporte para mundos nem sempre tão distantes, porém sempre diferentes e incríveis.
1. Como foi o seu início na literatura? Quais as dificuldades e apoios que você obteve para que sua primeira obra viesse a ser publicada oficialmente?
Cursei Letras e sempre adorei ler. Lia muito, resenhava algumas leituras, mas nunca imaginei que produziria algo no campo da ficção. A inspiração para a história veio em um momento delicado da minha vida pessoal e pensei: "Quer saber? Vou tentar escrever!". O tempo foi passando e Querubins foi virando o livro que é. Mostrei ao meu marido, pai e irmã, que leram e me incentivaram. Quando terminei, achei que valia a pena tentar publicar e espalhar a história de Chaya por aí.

2. Como surgiu a ideia inicial para a criação de "Querubins - A sentença da espada"?
Aí é que está! Já tinha um esboço quase pronto do início, meio e fim. A dificuldade foi transmitir através de palavras aquilo que estava até então na imaginação. Espero que tenha chegado perto.

3. Sabemos que o autor implanta muito de si em seus personagens, os seus especificamente, possuem características muito profundas. Aproveitando essa afirmação, em qual personagem você identifica-se mais?

Digo que gostaria de ser como a Chaya, mas tenho muito da Mary (risos). Admiro demais a determinação resoluta que minha querubim tem. Contudo, a maneira como a Mary ama arte, suas inseguranças e luta por independência levam muito de mim.

4. O livro nos apresenta um certo conhecimento do real mundo espiritual, das hierárquicas demoníacas e suas funções. Com base nesta afirmação, eu pergunto: Você é cristã ou pesquisou a respeito deste assunto para a criação deste livro, especificamente?
Sou cristã e estudo sobre anjos desde crianças. Entretanto, Querubins não é um livro religioso. Bem e mal são retratados sem cunho denominacional. Anjos são criaturas pertencentes ao universo cristão, estando presentes na Bíblia, assim como em diversos textos de outras religiões, sendo impossível desassocia-los da figura de Deus ou de Lúcifer, por exemplo.

5. Teremos continuação desta história ou virá obras com outras abordagens?
Querubins é um volume único. Lançarei em breve um conto cuja protagonista é a Ashira, uma querubim com papel secundário no livro e estou trabalhando num segundo romance com a presença de um personagem masculino, que não revelarei qual é. Aguardem.

6. ALGUMAS editoras finalmente estão deixando um pouco de lado os escritores internacionais e se voltando para os nacionais. O que você tem a falar sobre isso? Você acha que os leiteiros brasileiros estão valorizando mais a literatura nacional?
Acho que a literatura nacional vem ganhando seu merecido espaço, não em detrimento aos autores internacionais. Creio que deve existir lugar para ambos e quem ganha com mais literatura publicada somos todos nós, agraciados com cada vez mais histórias e mundos diferentes.

7. Quais os seus autores favoritos?
São tantos! Tentarei elencar os principais: C.S.Lewis, George R.R.Martin, Jane Austen, Eduardo Spohr e Maurício Gomyde.

8. Qual o seu maior sonho e sua maior gratidão?

Nunca sei responder direito a essa pergunta. Meu maior sonho é viver em um mundo onde haja mais respeito, amor e honestidade entre as pessoas. Pode parecer clichê, mas é o que mais desejo quando acordo todas as manhãs e vejo como nossa realidade está. Sou grata por tantas coisas! Por minha família, pela minha vida. Devo tudo o que tenho as pessoas que me cercam e a Deus, sem eles, não estaria aqui.

9. Qual a intensidade e o poder da escrita pra você? O que esse dom ou prática é capaz de fazer na vida de um ser humano, na sua visão?
Ler é sair por um momento do seu corpo, da sua casa, seu entorno e passear por um novo mundo construído por letras. Quando se está em um momento difícil, às vezes isso é tudo que se precisa: um refugio, um alívio. Escrever é uma grande responsabilidade, pois serão minhas palavras a transportar pessoas e, no que depender de mim, quero sempre levar meus leitores a bons lugares, mesmo que envolva alguns sustos ou lágrimas no percurso.

10. Qual dica ou conselho você deixa para quem deseja iniciar uma carreira como escritor?
Sempre digo isto e repito: escreva! Não importa se assinará com uma grande editora ou se somente um amigo se emocionará com seu texto. Importe-se com a história a ser contada em primeiro lugar e, para onde ela irá, deixe que o tempo se encarregará de mostrar. Mas, jamais se deixe desanimar por preconceitos ou por duvidar da própria capacidade.
Ao Corujando nos livros e seus leitores, meu muito obrigada pelo carinho e pela entrevista! Boas Festas a todos!

Martha, eu que agradeço por todo o seu carinho com o Corujando nos livros. Estou muito feliz por ter conhecido seu trabalho, tornei-me seu fã! Estou super ansioso para ler o conto e o próximo livro.
Abraços do corujíssimo. Sucesso.

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Livro enviado pela autora para o Corujando nos Livros:
Querubins - A sentença da espada


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