terça-feira, 21 de junho de 2016

Resenha: O ANJO E O LEVIATÃ - Martha Ricas

Título do livro: Criaturas do submundo
Antologia de contos de Dark Fantasy
Conto: O anjo e o leviatã
Autora: Martha Ricas
Período de páginas: De 71 à 106
Ano: 2016
Editora: Wish
Escrito por Martha Ricas, O anjo e o leviatã compõe a antologia de dezoito contos de Dark Fantasy, sob o título Criaturas do submundo.
Em seguida, você visualizará, somente, o conto de Martha Ricas, pois o exemplar foi cedido pela mesma e não pela editora responsável.
A autora tem um livro publicado que chama-se Querubins - a sentença da espada, e um segundo livro em processo de edição, pois será lançado ainda este ano pela editora Coerência, com o título Querubins - a balança do coração.

Neste conto, temos a forte atuação de Ashira, querubim que tem uma breve aparição no primeiro livro da autora, onde guerreia ao lado dos querubins Chaya e Salatiel, contra demônios num ritual de horror/casamento na Inglaterra Vitoriana (Séc. XIX). 

"Meu nome é Ashira, e essa é uma história de cavaleiros e canções, damas e castelos, monstros e heróis. Contudo, embora pareça, eu não vim para fazer parte de um conto de fadas: eu sou uma querubim em uma missão e ela inclui salvar e matar". (Página 72)
Em O anjo e o Leviatã, somos introduzidos numa ambientação feudal, provavelmente na idade média, onde a nossa protagonista tem a missão de salvar um povo, aniquilando seu grande mal.

Em Thornwall, o feudo era organizado pela família de Lorde Julian Straufus, um núcleo familiar corrompido, pois regiam sobre o povo de forma injusta e criminosa.
E por uma certa situação, uma criatura histórica-mitológica conhecida como Leviatã interliga-se à essa família, deixando de viver no fundo do mar para emergir como um dragão e manifestar-se sobre o feudo de Julian.
Por esse motivo, Ashira vem à Terra para derrotar Leviatã e alguns demônios que dominam a área, e quando chega, acaba conhecendo Darryn, um jovem que foi banido do feudo, juntamente com sua família, por ser pobre. Os dois vinculam uma amizade rápida e na minha opinião, oportuna e precisa.
O conto é narrado de forma intercalada: num momento, temos as crises existenciais, os mistérios e o desenrolar da família de Julian; noutro momento, temos Ashira caçando a criatura das trevas. No desfecho, os dois momentos se entrelaçam e formam uma só cena. E a ação acontece!

Gostei bastante do conto, a história reforça muito a ideia de que somos frutos de nossas escolhas, e que nossa real essência compatibiliza com a atmosfera ou regência que se assemelha, sendo ela boa ou má.
"Aliás, eu sabia que havia alguém marcado por ela por aquelas terras havia alguns anos. As bestas sempre marcavam um aliado, alguém com potencial para a prática do assassinato ou do mal". (Página 77)
Além de provar-se uma hábil guerreira, Ashira tem algumas características próprias e elas são: arte e dons curativos, e por esse motivo, amei ainda mais o conto, pois Darryn era um musicista sensível e necessitava curar as feridas de seu coração, reforçando minha ideia de que tudo tem um propósito e que numa batalha, os justos sempre tem as ferramentas e os benefícios necessários. 
E uma última reflexão é que as consequências de nossos atos são inevitáveis; colhemos o que plantamos.
"Por que o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa do juízo". (Página 105)

Concluindo, a autora conseguiu criar uma trama rica e inteligente, mesmo sendo em poucas páginas, as ambientações são tão imagináveis que você se vê em todas as cenas e perto de todos os personagens. A atuação de Ashira neste conto é somente uma entrada para o prato principal que será a sua grande atuação no livro que está por vir, Querubins - a balança do coração. Com certeza, amaremos Ashira, mais e mais, assim como não esquecemos a Chaya.


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segunda-feira, 20 de junho de 2016

Resenha: A PROCURA DE VIDA INTELIGENTE - Victor Allenspach

Título: A procura de vida inteligente
Autor: Victor Allenspach
Número de páginas: 196
Ano: 2015
(Publicação Independente)
SinopseSem motivo, explicação ou bom senso do criador, uma mensagem surge diante de todos os seres do universo. O fim dos tempos é anunciado, e não há nada que possa ser feito para impedi-lo. Porém, de uma estranha forma, tudo está ligado a Boris.
Boris não nasceu. Também não foi criado ou educado. Como tantos outros, ele apenas foi produzido e programado. Nada que o incomode em particular, mas está sempre diante do risco da reciclagem. Um risco comum em uma realidade onde a mais antiquada cafeteira é capaz de calcular as interações gravitacionais de um fóton atravessando o Sistema Solar.
De figurante a protagonista, séculos se passam à espera de uma oportunidade. Na busca por liberdade, Boris sequer imagina que já a alcançou a muito tempo, mas optou por uma existência cheia de limites e algum significado.

Confesso que não tenho "bagagem" para resenhar livros de ficção científica; é o subgênero que pouco leio. Todavia, aceitei o desafio e embarquei na proposta do autor Victor Allenspach.
A procura de vida inteligente é um livro com oito contos, narrados de forma não linear, onde resultam numa história única e instigante sobre universo, tecnologia avançada, inteligência artificial e outros elementos.

Inicialmente, várias situações e questionamentos nos são lançados, antecedendo a trama do livro. Uma dessas situações é a que originou o título do livro; o cenário de busca por vida inteligente no universo. 
"Milhares de exploradores espaciais se formaram e se espalharam pelo universo com os melhores equipamentos a procura de qualquer sinal de vida." (Página 13 e 14)
Posteriormente, percebemos que o protagonista do livro é Boris, um androide demasiadamente peculiar, que não foi criado e nem disciplinado; Boris simplesmente foi produzido e programado. Diferente dos outros androides, Boris tem vida própria e possuidor de uma inteligência magnífica. 
"A seu favor, Boris ainda tem o plano, que é seu. É difícil de pensar em androides que formulam ideias próprias, pois isso sugere personalidade, mas talvez seja isso mesmo o que Boris tem." (Página 157)
Entretanto, diante de todos uma mensagem com efeito imparável é anunciada: o fim dos tempos. Situação estranhamente ligada ao androide, Boris.

Por fim, a narrativa não é complexa de se compreender. De vez em quando aparece uma ideologia, mas em seguida é destrinchado facilmente. A história nos estimula a refletir sobre questões não tão distantes da nossa atualidade, como: a elaboração de máquinas, conforme o progresso da tecnologia, as nossas convicções diante das ações da humanidade, o comparativo do protagonista com a nossa atuação nesse mundo...
Vale a pena se aventurar, como diz a orelha do livro: o livro foi escrito para todos aqueles que em algum momento se fascinaram com invasões alienígenas, leis da robótica, ovelhas elétricas, mochileiros intergaláticos ou cruzadores monumentais. 

Embora a publicação deste livro tenha sido independente, entendemos os cuidados que o autor teve com sua obra. As páginas são de pepel reciclável, efeito muito ligado à história. A capa é única, diferente de tudo que já vimos no mercado editorial. A diagramação é um pouco apertada, mas nada tão desconfortável. Para os admiradores de ficção científica, este é um prato cheio. 

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segunda-feira, 13 de junho de 2016

Resenha: O CLÃ DOS QUATRO GUERREIROS - Diego Martins Ribeiro

Título: Os clã dos quatro guerreiros
Autora: Diego Martins Ribeiro
Número de páginas: 392
Ano: 2014
Editora: Novo Século / Talentos da Literatura Brasileira
Sinopse: Quatro jovens com aparentemente muito pouco em comum seguem em um antigo carro vermelho-sangue por uma estrada deserta. Nada indica que qualquer tipo de perigo possa estar em seu caminho naquela pacata noite. No entanto, após se depararem com uma esfera de luz e sofrerem um estranho acidente, Gabriel, Henrique, Débora e Beatriz acordam em um lugar desconhecido, onde tudo parece possível. Em meio a personagens e paisagens surreais, como o monte de rochas flutuantes e a perigosa fera da Gruta Sombria, eles encontram pistas de como podem voltar para casa, e se assombram com as coincidências que envolvem sua chegada a Enoua, como se essa já fosse esperada por alguém misterioso. Em uma incrível jornada que os fará conhecer mais sobre si próprios e aqueles que sempre estiveram a sua volta, eles irão descobrir que Enoua não é simplesmente um mundo distante, e que é preciso muito mais do que armas raras, amuletos cheios de segredos e armaduras indestrutíveis para se tornar um verdadeiro Guerreiro.
 O clã dos quatro guerreiros, primeiro livro da série Enoua, nos apresenta uma aventura eletrizante e misteriosa, dentro dos subgêneros: fantasia e ficção científica. 

Iniciamos essa leitura conhecendo Gabriel, Débora e os irmãos Beatriz e Henrique, quatro jovens que se conheciam desde o colégio, porém conforme o decorrer da vida, perderam os vínculos. Esses quatro personagens passavam por algumas dificuldades dentro de seus lares, uns com os pais e outros consigo mesmo, dando espaço para a atuação do descontentamento, de alguma forma.
Por uma necessidade, Gabriel acaba por dar uma carona para seu vizinho e antigo amigo, Henrique, onde Beatriz com Débora, também, resolvem fazer companhia aos garotos. Os quatro seguem estrada, quando, repentinamente, uma intensa e misteriosa luz lilás vai ao encontro deles, causando um grave acidente.

Após esse acontecimento, os jovem acabam acordando num mundo completamente diferente, este denominado Enoua. Gabriel, Débora, Beatriz e Henrique se sentem confusos e assombrados, pois minutos antes eles estavam capotando na estrada da cidade pacata e pouco desenvolvida onde viviam. Diferente de Nárnia, onde os quatro jovens sabiam que eles conseguiram chegar àquele mundo paralelo através do armário.
"Estavam cansados, com seus corpos doloridos e suas mentes confusas, mas precisavam seguir em frente, mesmo sem fazer ideia de onde chegariam." (Página 74)
Em Enoua tudo é surpreendente, incomum e mágico. E acima de tudo, várias situações inusitadas vão os cercando, como se tudo estivesse cooperando para instruí-los ou beneficiá-los.
"É como se estivéssemos seguindo um roteiro traçado, entende? Como se estivesse escrito que essas coisas tinham que acontecer com a gente Os quatro espíritos no Palácio, as quatro marcas das mãos nas portas do Castelo D'Alleine... São coincidências demais!" (Página 196)


A aventura que o autor criou é demasiadamente convidativa e gostosa de se acompanhar, esta que gira em torno de buscas de respostas de como foram parar ali e de acharem um meio de retornarem pra casa. Vamos percebendo, com nitidez, a evolução dos personagens. Outrora eram jovens que queriam provar suas capacidades, jovens que viviam suas crises existenciais, sem expectativas e tudo mais, agora eram possuidores de grandes virtudes e poderes surpreendentes, na verdade, se tornaram, subitamente, um clã de guerreiros.
A história é narrada em terceira pessoa e adentramos na área emocional dos quatro personagens, tendo um raciocínio mais amplo dos acontecimentos inesperados e exóticos. Incrível.
Enoua é exótica e muito bem construída. Os vilões tiveram pouca atuação, mas suas aparições foram significativas para o enredo. Acredito que este primeiro livro foi para apresentar esse mundo, entender como as coisas funcionam e para amadurecer os nossos protagonistas, pois no desfecho desse livro, percebemos que a maldade arquiteta algo.

Esse livro me fez reforçar algumas lições: Reaprendi que nunca é tarde para reconhecermos os nossos erros e vivermos em unidade. Dar valor naquilo que temos, independentemente de seus valores e circunstâncias. Reaprendi que precisamos nos desarmar do nosso egocentrismo, prepotência e repugnante arrogância para cedermos ao bem estar de fazer as pessoas felizes, consequentemente nos tornando boas pessoas. Além desse conselho de Beatriz:
"Viva mais e analise menos. De que adianta viver tanto tempo e descobrir tantas coisas, se não consegue entender a importância das coisas simples?" (Página 383)

Fechando a minha análise, a história é fascinante, afirmo que é de extrema criatividade! Essa edição física do livro é extraordinária: a capa deslumbrante, a diagramação demasiadamente confortável... Trabalho de alta qualidade. Vale muito a pena lê-lo e tê-lo na estante.

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quinta-feira, 9 de junho de 2016

Resenha: AS GUARDIÃS DO YORK - D. M. M. Ribeiro

Título: As guardiãs do York - a descoberta dos poderes
Autora: D. M. M. Ribeiro
Número de páginas: 176
Ano: 2015
Editora: Chiado
Sinopse: Olhos castanhos são da Terra. Azuis do Mar. Cor de mel do Fogo e cinzentos do Ar.
Por fim, olhos verdes deverão existir para a máquina energia poder produzir.
Narrado em terceira pessoa, a autora de As guardiãs do York nos apresenta uma ficção fantástica muito bem elaborada e com uma trama cheia de mistérios, que ao avançar nas páginas, vamos descobrindo as reais origens das situações.

Contando um pouco do enredo, a história se passa num mundo paralelo, onde um grande ato maléfico estava prestes a ser realizado: a coroação de Luís Henrique como o novo York, este que teria más intenções para com o país e as colônias daquele local.
Por outro lado, conhecemos Mary, Paty, Cris e Bel, quatro amigas que acabam descobrindo que possuem poderes especiais ligados aos elementos ar, terra, água e fogo; situação que se evidencia com a ajuda do amigo e cientista, Gert.

Gert, com toda a sua sagacidade, acaba por descobrir uma máquina do tempo e um livro antigo que pertenceu ao primeiro York, numa sala secreta, em seu trabalho. Com isso, eles entram numa uniformidade de opiniões e é concordado que as quatro garotas viajassem ao passado para procurar pelo primeiro York e seu cetro, pois somente assim, elas encontrariam o seu descendente perdido e anulariam a coroação de Luís Henrique. 
"Decidimos fazer parte da viagem no tempo e encontrar o York. Aliás, temos boas razões para aceitarmos." (Página 60)

A viagem no tempo acontece, porém não da forma como eles tinham planejado. Somente uma das quatro garotas faz a viagem, mas não para o passado e sim para o nosso mundo, especificamente em 2015, todavia tudo tinha um propósito para a trama, pois adiante vamos percebendo que os mistérios que a autora nos lançou no início da história, vão sendo desvendados cuidadosamente com a chegada dessa personagem na Terra.

Tudo está muito interligado, precisamos ler com atenção para não perdermos nenhuma informação. Passado, presente e futuro se mesclam com maestria, nos fazendo viajar com a perspicácia da autora.
Será que eles conseguirão correr contra o tempo, cumprir a missão e salvar seu país de um grande infortúnio? 
O livro possui algumas cenas bem fortes de violência e negligência para com uma certa personagem, nos fazendo entender suas crises e sua mente, especificamente, não quero citar quem é a personagem para não estragar quaisquer experiências de leitura dessa história, tudo é muito concentrado e qualquer deslize se tornaria uma gigantesco spoiler. A área emocional é explorada com afinco durante boa parte da trama e isso nos instiga a terminar a leitura rapidamente, justamente para saber o desfecho. 

 A diagramação do livro é muito agradável. Super recomendo essa leitura, pois é eletrizante para os admiradores de histórias fantásticas. 

Encerrando minha análise, quero declarar que amei a escrita da autora e sua inteligência em construir essa trama tão envolvente. Os personagens são ricos em suas personalidades, os vários plots twist¹ são de nos despencar e a questão mágica foi bem dosada, dando uma nivelada admirável.
Acredito que teremos uma continuação, pois a autora criou uma situação no desfecho que nos encheu de expectativas. 
"Precisamos de continuar a falar sobre o vosso e o nosso futuro." (página 169)

¹ Quando temos viradas na trama. Descoberta de alguma infirmação que mudou o rumo da história. 

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

Resenha: EVOLUÇÃO DECRESCENTE - Arisson Tavares


Título: Evolução Decrescente
Autor: Arisson Tavares
Número de páginas: 132
Ano: 2014
Editora: Chiado
Sinopse: Um grande passo para o homem e um passo maior ainda para a humanidade, mas será que ligamos o GPS antes de iniciar a evolução da espécie?
Com temas cotidianos recheados de humor, o escritor e jornalista Arisson Tavares volta às suas origens em seu livro de estreia, apresentando em suas crônicas muita comédia, ironia e crítica. Pequenas histórias que nos convidam para ver o mundo de um ângulo diferente. Afinal, subimos mais um degrau na escada da evolução, porém, depois rolamos a escada.
Evolução decrescente é um livro de crônicas, onde aborda temas do cotidiano com bastante inteligência, ousadia e bem humor.

O autor possui uma genialidade fervorosa, utilizando do seu elemento mais ácido, porém no limite de sua medida, a insanidade. A construção das crônicas são tão prazerosas como uma torta de limão, onde a crítica simboliza a acidez do limão e o humor,  o leite condensado, resultando em algo digerível e gostoso.
"Um olhar insano consegue ver microinjustiças imperceptíveis e, em contato com a língua insana, abre o verbo. Não censura as palavras, diz o que é preciso ser dito, sem ter um pingo de vergonha de executar tal façanha." (Página 11)

Como por exemplo, a crônica Deus me perdoe, onde retrata a condição de um personagem ao ir à igreja e os comportamentos ignorantes de alguns religiosos contra ele, que se opôs ao barulho gerado pelos mesmos. 
"Afaste-se de mim, satanás! Nem só de pão e mulheres gostosas vive o homem!" (Página 29)

E sobre a crônica que titulou o livro, que nada mais é do que uma teoria que o autor criou sobre o começo da humanidade, acredito ser um texto que reativa os botões do questionamento em nossas mentes, nos fazendo refletir sobre várias formatações ou imposições que sofremos durante o processo de evolução; além de trazer uma proposta de desconstrução de muitas ideologias.
"Concordo que o desenvolvimento tecnológico é lucrativo para todos, mas, se precisamos agredir a natureza, não parece valer a pena. É como dar um passo e voltar dois. Como subir um degrau e rolar a escada." (Página 126)

A editora Chiado arrebentando na diagramação, como sempre. Tudo muito confortável aos olhos. Parabéns aos profissionais envolvidos.
 Por fim, achei a leitura bastante agradável. Não é nada ofensivo, embora tenha alguns assuntos bem polêmicos de se externar, mas é tudo na medida certa. 
Recomendo para os leitores que admiram textos críticos, seguidos de inteligência.  
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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Resenha: REBIRTH - OS NOVOS TITÃS - Bianca Landim

Título: Rebirth - os novos titãs
Autora: Bianca Landim
Número de páginas: 366
Ano: 2015
Editora: Novo Século / Talentos da Literatura Brasileira
Sinopse: Quatro crianças foram postas nos caminhos imortais dos deuses do Olimpo e, delas, uma nova geração de titãs surgiu, mostrando-se incrivelmente mais poderosa que os primeiros titãs – derrotados por Zeus e seus irmãos –, e até mesmo que os próprios deuses!
Missões lhes foram atribuídas e mundos imortais foram conhecidos, dando-lhes sabedoria, poderes e novos aliados. Acima de tudo isso, o amor único foi alcançado e suas origens, desvendadas, fazendo dos titãs uma nova ordem no Olimpo, com Zeus e os outros deuses, conhecidos como os Doze Olimpianos.
As grandes histórias de ficção fantástica, na maioria das vezes, possuem uma assinatura gringa. Grandes nomes, como: J. K. Rowling, Rick Riordan, Tolkien... são os responsáveis por nortearem a nossa mente ao centro da imaginação, ou até mesmo, da recriação. E, quando nos deparamos com personagens conhecidos, porém, com novas roupagens, em outro enredo, com uma trama recriada extraordinária e assinada por uma brasileira, o orgulho e a felicidade imperam em nossos corações. 

A autora de Rebirth, Bianca Landim, nos oferece a proposta de imergirmos em sua criação fantástica e eletrizante, onde temos como garantia, a exploração da mitologia grega, egípcia e nórdica, com isso, conhecendo seus titãs, semideuses e deuses, numa trama de pularmos da cama e partirmos para a luta.

De início, por volta de 1.2oo a.C; somos inseridos entre os deuses gregos. Quatro titãs foram escolhidos para serem treinados à exaustão, pois em breve lutariam ao lado dos deuses. Celes seria treinada pela deusa Ártemis, Solaris por Apolo, Discórdia por Ares e Pyro por Hefesto. 
"Nosso pai, Zeus, está tendo que enfrentar o seu maior desafio: lutar contra Cronos, o titã supremo, que criou tudo o que vemos e o que somos... - disse, encarando-os. - Estamos montando um exército poderoso para tentarmos manter o velho titã exilado em Tersália, mas sabemos o quanto é difícil... Por isso vocês foram treinados a exaustão! Para se tornarem completos e poderem lutar contra Cronos de igual para igual! (Páginas 40 e 41)
Cronos, que foi aprisionado pelo seu próprio filho, Zeus, retornou e pretendia restabelecer seu domínio, mas para isso, ele precisaria da titã Celes. 
A trama vai seguindo fervorosamente, revelando as verdadeiras origens de dois dos quatro titãs escolhidos e desestruturando muitos pensamentos e sentimentos. Todos teriam que se unir para proteger Celes, acompanhar Solaris e combater Cronos.

A história dá um pulo gigantesco no tempo, nos avançando para 1922, onde a ambientação principal seria o Egito com seus deuses egípcios e Asgard com seus deuses nórdicos. Nesta segunda parte do livro, ocorre um grande mistério coletivo, pois o elmo do deus grego Hades foi furtado, assim como artefatos dos deuses egípcios e o martelo Mjolnir do deus nórdico Thor. Com esses desaparecimentos, todos elaboram estratégias para desvendar quem estaria por trás desse plano intencional e ao descobrirem, combater o inesperado inimigo.
"A lógica estava certa, porém, achar o grande vilão por trás de tudo era o que mais os preocupava e os fazia correr contra o tempo." (Página 208)

A história avança, mais uma vez, e agora estamos em 2012, onde conhecemos a Índia e os deuses hindus. Desta vez, todos os deuses terão que se unir para combater um grande, poderoso e antigo inimigo. Nos deixando, praticamente, sem fôlego, pois uma batalha memorável é travada.
"... domina todas as línguas mortas e conhece tudo sobre todos os deuses, por isso sabe como os aniquilar" (Página 297)

Rebirth significa renascimento e foi exatamente isso que presenciei em todo o livro. Lógico que o romance se fez presente, a ação teve sua excelente participação, a exploração das culturas remotas e tudo mais, todavia o renascer foi o pano de fundo trivial para as ramificações citadas anteriormente. O renascer do "pulsar de um coração", como no caso de Ares pela filha. O renascer da liberação do amor, da paixão e da aceitação, como no caso Celes e Solaris. O renascer do perdão, do zelo e da proteção, como no caso de Ártemis para com a sua titã favorita. O renascer da união entre culturas e divindades, mesmo sendo elas tão remotas. Entretanto, o renascer de uma linhagem de deuses mais poderosos e inteligentes.
"Uma nova fase dos deuses está surgindo... - conclui Zeus". (Página 273)

Por fim, amei o livro físico e a história nela contida. Os inícios de capítulos, tempos/ambientações são deslumbrantes. A capa é magnífica. A única coisa que me desagradou foi o espaçamento das linhas, apertado demais, dificultando, um pouco, a leitura, mas basta ir lendo com calma para descansar a vista e um dia você termina, e termina muito contente. Super recomendo.

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