domingo, 15 de novembro de 2015

Entrevistando: FÁTIMA ROSALINA CASTELO BRANCO


Fátima Rosalina Castelo Branco
Autora do livro Mulheres Guerreiras

É jornalista, escritora, biógrafa. Cursou MBA em Gestão Comercial pela Fundação Getúlio Vargas e participou de diversas palestras e simpósios dedicados a experiência humana. Atua na área comercial há mais de 30 anos, desenvolvendo projetos em liderança motivacional e gestão de equipes. 
Seu principal desafio como escritora é mobilizar a capacidade natural de cada um, auxiliando na descoberta de talentos escondidos, os quais possam capturar a verdadeira expressão humana: Ser feliz!


ENTREVISTA:

1. Como foi o seu início na literatura? Quais as dificuldades e apoios que você obteve para que sua primeira obra viesse a ser publicada oficialmente? 



Sempre gostei de escrever, mesmo antes de minha alfabetização, já ficava encantada com o mundo das letras que surgiam a todo instante diante de meus olhos. Eu queria decifrá-las e não conseguia, por isso eu sofri muito até meus 7 anos de idade. Me formei em jornalismo, mas não tive a oportunidade de atuar na área, pois já tinha outra carreira sólida, responsável pelo meu sustento e de minha família. Mas sempre tive em mente que um dia iria escrever um livro. Quando pude escrever, escrevi. Não tive nenhum apoio, fiz tudo sozinha, acreditei e investi no meu projeto. Até hoje ainda não ganho dinheiro com o livro, mas continuo investindo e sei que colherei os frutos, na hora certa.



2. Como surgiu a ideia inicial para a criação de "Mulheres Guerreiras"? 

No início não pensava que se tornaria um livro publicado e comercializado. Foi realmente uma mera homenagem. Imprimi 100 unidades, através do Clube do Autor e convidei parentes e amigos para uma tarde de autógrafos, na chácara da dona Guiomar. Na medida em que as pessoas iam lendo, me retornavam com palavras super inspiradoras, tipo: você é fantástica, seu livro é mágico, o melhor livro que já li. Bom, diante dessa reação eu resolvi investir fundo, passei a acreditar que realmente meu livro era muito bom, e o resultado taí (risos)

3. Você cita muito a sua mestra dona Guiomar no seu livro. Gostaria de saber, como foi esse processo de acolhimento de todos esses pensamentos de sabedoria e informações? (As informações já estavam anotadas ou você foi lembrando e relembrando todos os relatos) E qual a reação dela ao ver um pouco de sua história nesse livro lindo?

Bom, a história, os pensamentos, as conversas, o todo no geral, sempre estiveram guardados na minha cabeça. Quando iniciei o livro, fui visitá-la várias vezes. Durante um mês eu a visitava quase duas vezes por semana. Nessas visitas eu a fazia relembrar de coisas importantes, que para mim ficaram marcadas, exemplo a história dela com Monteiro Lobato (isso eu sempre achei o máximo, divino). Então, ela se lembrava de tudo e me falava mais detalhes. Eu formulava perguntavas, que as respostas, eu sabia, iriam ser necessárias para enriquecer a escrita. Só contei pra ela sobre o livro quando o mesmo já estava pronto, impresso. Eu queria fazer uma surpresa. Ela amou, chorou, me agradeceu. Ela ganhou mais força pra lutar. Está viva até hoje e tenho certeza que o livro tem ajudado muito nesse fim de jornada.

4. Qual a sua frase ou pensamento favorito de Mulheres Guerreiras?

Tem dois: o primeiro é a frase que eu desconheço a autoria: NÃO SABENDO QUE ERA IMPOSSÍVEL, FOI LÁ E FEZ! O outro é um pensamento que amo: SABER ADMINISTRAR A DISTANCIA ENTRE SEUS DESEJOS E SUAS COMPETÊNCIAS

5. Ainda no ramo literário, o que poderemos esperar de você? Novas obras? Novos projetos?

Ainda tem muita coisa boa pra acontecer com Mulheres Guerreiras. Não posso revelar agora por força de contrato, mas logo que puder você será um dos primeiros a saber. Sobre outras obras, eu já escrevi um romance inteiro, mas tive que terminá-lo correndo, a fim de participar de um concurso. Eu já estava com 120 páginas escritas e escrevi mais 150 em 7 dias (no carnaval). Mas como fiz tudo em meio a correria, objetivando o concurso, não gostei muito do resultado e o deixei em stand by. No momento estou escrevendo um outro romance, mas só devo terminá-lo no início de 2016. Quero me testar como romancista, quero muito saber a opinião do público. Estou ansiosa pra saber se vocês irão gostar. Mas o estilo em que escrevi Mulheres Guerreiras é a minha cara. Não é exatamente uma autoajuda, é um jeito de conversar com o leitor, como se estivéssemos cara a cara, olhos nos olhos. Eu amei escrever Mulheres Guerreiras, me realizei profundamente.

6. ALGUMAS editoras finalmente estão deixando um pouco de lado os escritores internacionais e se voltando para os nacionais. O que você tem a falar sobre isso? Você acha que os leiteiros brasileiros estão valorizando mais a literatura nacional?

Sobre as editoras não tenho muito o que falar, pois enviei o livro para as principais editoras do país e nenhuma delas me deu retorno, acho isso muito triste. Sobre os leitores brasileiros acho que sim, estão começando a descobrir que aqui em casa temos excelentes talentos. Acho que os jovens estão mais antenados e sabem descobrir bons autores brasileiros.

7. Quais os seus autores favoritos?

Mario Vargas Llosa, Lya Luft, Jorge Amado, Augusto Cury, já li muito Paulo Coelho, Martha Medeiros, Clarice Lispector, Monteiro Lobato, Cecília Meireles, Érico Veríssimo. Tem muitos. Acho que um escritor deve ler tudo, sem preconceito.

8. Qual a sua maior gratidão?


Minha filha e a água do planeta.


9. Qual o seu maior sonho ?

Me tornar uma escritora de sucesso.

10. Qual dica ou conselho você deixa para quem quer iniciar uma carreira como escritor?

Leia muito, mas muito mesmo e comece a escrever tudo o que lhe vier à cabeça e vai guardando tudo.

Fá, muito obrigado por essas informações, você é um amor e estou super contente com essa parceria. Estamos juntos nessa caminhada, minha amiga.
Abraços fortes!!



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