Resenha: FEY - O enigma de Ur - Josué Matos

Título: Fey - O enigma de Ur

Autor: Josué Matos
Editora: Pendragon

Classificação: 5/5

Sinopse

Uma jovem garota órfã acorda em um quarto de hospital sem saber o que lhe aconteceu.

Em determinados momentos ela se vê em meio a uma rede de intrigas na ONG da qual faz parte.

Em outros momentos é atormentada pelo mistério de uma runa que surge em seu braço. 

Sem saber o que é real ou imaginário, ela se vê perdida e sozinha.

Junte-se a ela nessa busca. Sintra seu medo, apreensão e coragem. Uma aventura sem igual que vai lhe questionar o que é real e fictício. Um belíssimo romance agnóstico que o fará repensar suas atitudes e postura perante o mundo.

Resenha

Fey é um livro de ficção científica que aborda temas polêmicos sobre o mundo. Numa crítica de forma criativa e envolvente, o autor transmite uma mensagem importante sobre o cuidado do Planeta Terra, dentro deste contexto, nos mostra as consequências maléficas causadas por uma raça egoísta, a raça humana.

A história inicia nos apresentando o nascimento da protagonista, Fey, e logo em seguida a morte de seus pais, tornando-a órfã. (Não é spoiler! Na sinopse afirma que a protagonista é órfã. Não me matem, kk.)

Fey é uma jovem que vai passando por inúmeras tragédias na vida e vamos percebendo o quão essas peças, que a vida a pregou, vão formando seu caráter e contribuindo para sua personalidade.

Só que num determinado momento, Fey acorda em um quarto completamente branco, um lugar desconhecido e, pra piorar a situação, sem recordar de como chegou ali. 

Logo após acordar no lugar, um homem estranho de jaleco branco e com um aparelho eletrônico em mãos, a marca com um símbolo misterioso, o que a deixa completamente assustada. 

"Com a palma da mão virada para seu rosto, ela fica receosa de gorar seu antebraço e enxergar qual fora a marca que queimaram em sua pele. Respirou fundo. Lentamente foi movendo seu braço. Ao passo que a imagem ia surgindo sua expressão ia mudando. Não tinha a menor ideia do que aquele símbolo significava.

- O que é isso? Parece um "U" invertido."

Página 35

Em seguida, entendemos que a marca trata-se de uma Runa e conforme os dias que a protagonista vai passando neste lugar misterioso, essa marca vai girando em sentindo horário.

Em certos momentos, Fey vai adquirindo lembranças importantes de sua trajetória trágica, de como chegou naquele quarto e quem são as pessoas "estranha" daquele lugar. Causando delírios e confusões em sua mente, pois Fey já não consegue distinguir o que é real ou imaginário, como diz a sinopse.

O desfecho desta história é impressionante e inovador. No findar, a protagonista entende o porquê de sua vida tão cheia de percas e tristezas.

Tudo era proposital, um assunto maior estava em jogo, uma situação que daria uma nova oportunidade para uma nova e benéfica humanidade.

O autor nos faz refletir sobre nossa posição em meio ao nosso Planeta, sobre o cuidado e o zelo que são irrelevantes por muitos, atualmente. Infelizmente. 

"Como uma raça pode ser tão cruel? Tão insensata ao ponto de esquecer o futuro e pensar única e exclusivamente no presente? Que tipo de pai e mãe priva seu filho de ter um lar? Essas perguntas povoam minha cabeça. Somos uma espécie maldita."

Página 205

E a solução fictícia que o autor arranjou para o findar da história é completamente bizarra, porém uma utopia que adoraria viver e presenciar.

Super recomendo: "Fey - O enigma de Ur", segundo livro publicado do autor Josué Matos. 

O autor só fez somar em minha vida, enriquecendo minha visão de mundo e alimentou, ainda mais, a minha ideia que existem, sim, escritores brasileiros de mão cheia na escrita e criatividade. Agradecido por essa leitura extraordinária e não uma ladra do meu tempo.

"A minha convicção é nunca mais ver a imagem da destruição de meu planeta. Meu dever é ter certeza que nenhuma geração futura sucumbirá ao mal."

Página 208