terça-feira, 7 de março de 2017

Resenha: Boston Boys - Giulia Paim

Título: Boston Boys
Autora: Giulia Paim
Número de páginas: 360
Ano: 2016
Editora: Globo Alt

Sinopse: O sonho de toda adolescente se realizou para Ronnie Adams: o maior astro pop da TV foi morar na casa dela. Ela deveria estar vibrando, como qualquer garota normal, mas na verdade está odiando a ideia. Ela não vê a menor graça em Boston Boys, programa sobre a vida de três integrantes de uma boyband, e acha os garotos uns babacas.

De fato, Mason McDougal se acha o máximo e está acostumado a ser recebido sempre por meninas histéricas, por isso não faz o menor esforço para ser simpático. Tendo que lidar com o egocentrismo do garoto, além da perseguição de fãs ciumentas, a vida de Ronnie vira de cabeça para baixo.
Agora ela terá que se acostumar com a stalker no 1 dos garotos plantada em seu gramado, frequentar festas glamorosas e lidar com paparazzis, resolver uma guerra de fofocas on-line e até fazer uma viagem internacional. Em meio a tantas novas aventuras, Ronnie se envolve cada vez mais com os Boston Boys e percebe aos poucos que, no mundo da fama, nem tudo é o que parece ser...
A maioria dos adolescentes, principalmente as garotas, com certeza, já passou pela fase de ser fã de alguma boy band, não é mesmo? 
O termo boy band, que outrora era conhecido como grupo de vocais masculinos, apareceu no final da década de 80 e está presente até aos dias atuais. Jackson Five, Menudo, Jonas Brothers, One Direction, entre dezenas de boy bands, com certeza já fizeram você aumentar o som e tornar-se um/uma fã de carteirinha! Não?! Então prepare-se, pois você pode se identificar com Ronnie, a protagonista da história de Boston Boys, esta ficção infanto-juvenil que cumpri, fielmente, o papel de leitura descontraída e agradável.
A história é narrada em primeira pessoa por Ronnie, uma garota de 15 anos de idade e natural de Boston que, como grande pé no chão e cdf que é, já veste a roupa da seriedade e da intolerância à futilidades; como, por exemplo, repugnar Boston Boys, série de TV e boy band composta por Mason, Ryan e Henry, pelo fato de eles serem três afortunados que transpassam a ilusão da vida perfeita e causam paixão em todas as garotas (fãs) de todo o país, inclusive em sua irmã mais nova.
"— Aaaahhh! Boston Boys! Boston Boys! — minha irmãzinha de onze anos via TV na sala, eufórica, no volume máximo. 
— Mary, abaixa esse volume! — gritei enquanto preparava um sanduíche na cozinha.
...
— Essa música é para vocês, nossas fãs maravilhosas. Amamos todas vocês — o garoto do microfone, no centro do palco, falou.
— Aaaaaaah, liiiiiindos! — Mary gritava, pulando loucamente no sofá. —  Mason, Ryan, Henry, eu amo vocês!
...
— Pelo amor de Deus! — Não dava para aguentar. Limpei a mostarda do suéter, fui até a sala, arranquei o controle da mão dela e diminuí o volume. — Já não basta você gostar desse programa ridículo, ainda precisa me obrigar a ouvir também?!
" (Página 09)

E, como se o universo estivese conspirando contra ela, sua mãe, repentinamente, anuncia às filhas que trocou de profissão, e agora, é a produtora do programa Boston Boys e terá que hospedar Mason em casa, nesse novo período de gravações, já que ele foi o único que veio sem a família para Boston.
Além de Ronnie ter que aturar o egocentrismo do playboyzinho e a forma folgada de fazê-la de empregada dentro da sua própria casa, ela passa a ser ameaçada por uma fã psicótica e odiada por todas as garotas do colégio por estar morando com o astro bonitão (como se ela tivesse escolhido). Situações que em nada colaboram para que Ronnie sinta um pouco de empatia para com Boston Boys. 
Todavia, por conta do trabalho de sua amada mãe, Ronnie é involuntariamente conduzida à acompanhar o cotidiano dos garotos em gravações no estúdio, na viagem para o Canadá e etc, e acaba cedendo ao perceber que nem tudo é o que parece ser e sentir. Na verdade, todos os lados cedem e todos os adolescentes da história vão passando por aprendizados que resultam em mudanças significativas.

Por fim, a história tem cenas super divertidas (as trapalhadas da Ronnie) que, querendo ou não, te fazem lembrar das suas "traquinagens" da adolescência. Em contrapartida, tem cenas que te lançam questões complexas de relacionamento familiar que te fazem compreender a origem de certos comportamentos em alguns personagens e refletir.

A autora descreve tudo isso com tanta habilidade e simplicidade, que os ambientes e os personagens com suas emoções e sentimentos tornam-se vivos e aquecidos em nossos corações e mentes. O livro é muito bom, essa nova edição é caprichada e eu super recomendo.
"E então... Ainda está mantendo essa fachada de que Boston Boys é uma droga?..." (Página 354)


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Boston Boys 2 já foi publicado pela editora e, ainda neste mês, eu o resenharei aqui no blog. Enquanto isso, corujem essas edições...

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