sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Entrevistando: DRIDO MONTEIRO


Drido Monteiro
Autor do livro "O Mistério de Xibalta"

Drido Monteiro, autor luso-brasileiro, escreveu sua primeira obra de ficção fantástica. O Mistério de Xibalta, relativamente verossímil, que traz mensagens importantes para o tempo presente e para o futuro. O autor tem matérias publicadas em revistas, no Brasil, e já publicou poesia no exterior. É membro da internacionalmente conhecida Sociedade Mensa.


ENTREVISTA:

1. Como foi o início de Drido Monteiro na literatura? Quais as dificuldades e apoios que você obteve para que sua primeira obra viesse a ser publicada? 

Comecei escrevendo livros no gênero dissertativo e publiquei artigos e poesia no exterior e matérias em revistas. Mas O Mistério de Xibalba é a minha primeira obra de ficção científica. Considerando que o mercado editorial nacional é soterrado por livros estrangeiros traduzidos, no início tive alguma dificuldade. Também não enviei o original para muitas editoras. Então pude ver, em uma editora portuguesa recentemente instalada no Brasil, a oportunidade de mostrar a minha ficção científica genuinamente brasileira no próprio país e no além-mar.

2. Como surgiu a ideia inicial para a criação de O Mistério de Xibalba?

Do nome Xibalba. Eu já sabia o que significava esse nome (relacionado à cultura maia) e queria criar algo que envolvesse parte do significado desse nome com teorias da conspiração, enigmas, tecnologia, manifestações sobrenaturais, expansão da consciência e alguns mistérios brasileiros (a história se passa em alguns dos lugares mais interessantes do Brasil).

3. Sirena, Samael, Sofia e Alastor possuem personalidades completamente diferentes. Com quais dos quatro personagens você se identifica mais?

Em alguns aspectos, todos os personagens têm algo do próprio autor, em maior ou menor grau.

4. Novas obras estão por vir? Haverá continuação de O Mistério de Xibalba com novos mistérios e personagens?

Pretendo escrever uma obra sobre aforismos e outra ficção, mas esta não será uma continuação de O Mistério de Xibalba. Sobre os lançamentos, ainda sem previsão.

5. As editoras finalmente estão deixando um pouco de lado os escritores internacionais e se voltando para os nacionais. O que você tem a falar sobre isso? Você acha que os leitores brasileiros  estão valorizando mais a literatura nacional?

Poucos leitores brasileiros estão valorizando a literatura nacional. Os que mais valorizam são aqueles que fazem resenhas. De modo geral, ainda o mercado editorial brasileiro é soterrado por livros estrangeiros traduzidos, que tiveram boa divulgação lá fora e chegaram aqui já famosos mundialmente.

6. Quais os seus autores favoritos?

Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa, Edgar Allan Poe, Howard Phillips Lovecraft, entre outros, de diversos gêneros literários. Eu teria que fazer uma lista um pouco maçante...

7. Qual livro Drido Monteiro está lendo no momento?

Estou relendo a ficção Pacto Secreto.

8. Quais as suas ideologias, convicções, ou melhor, no que você acredita? 

Acredito no indivíduo, como força pensante, consciente, que pode progredir, evoluir, expandir a consciência e tornar o mundo melhor por vontade própria. Acreditaria na predominância da meritocracia, se de fato existisse. E isso não existe porque indivíduos, como aquele que descrevi acima, são raros. O que inegavelmente existe é a massa, uma força cega, não pensante, que favorece a mediocridade, nivelando tudo por baixo. É o que se chama de "normal", e o normal é o pior, o comum e corrente, o que todo o mundo faz porque todo o mundo está fazendo sem pensar, sem refletir, sem senso crítico.

9. Qual a sua maior gratidão?

Como escritor, agradeço a todos os meus leitores, antigos e novos, e a todos os colaboradores.

10. Qual dica ou conselho você deixa para quem quer iniciar uma carreira como escritor?

É uma carreira difícil, que também envolve a sorte e a rara meritocracia, que não é o que predomina no mercado. Se você quer escrever algo de qualidade, é preciso antes ter conhecimento da própria língua, criatividade, imaginação fértil, visão de mundo pessoal. Se você quer entrar em um mercado que já esteja em alta, é preciso se adaptar (por vezes, adaptar-se ao gosto das massas). E claro, depende muito das editoras, que podem aceitar ou recusar seu trabalho, com base no mercado, e raramente com base na qualidade da obra de autor desconhecido. E, agora, quase um clichê, não desista de seus pesadelos...
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Só quero agradecer ao Corujando nos Livros e aos leitores e convidá-los a desvendar O Mistério de Xibalba.



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