domingo, 27 de setembro de 2015

Entrevistando: FÁTIMA VENCESLAU



Fátima Venceslau
Autora do livro "A Cruz de Zeta"

Fátima Venceslau, odontóloga, mestre em Tecnologia Educacional nas ciências da saúde e autora. Participou da Fábrica de autores e, em 2012, publicou um conto na Antologia "O último dia antes do fim do mundo" pelo selo ASES DA LITERATURA, prosseguindo com "Amores Impossíveis", "Segredos de família" e "Aconteceu na Copa". A Cruz de Zeta é seu romance de estréia. Confiram a entrevista!!

ENTREVISTA:

1. Como foi o inicio de Fátima Venceslau na literatura?

Comecei a escrever quando ainda era criança, tinha uns 8 anos de idade. É claro, que foram textos bem infantis, mas já mostrava o desejo da escrita. Na adolescência escrevia muitas redações como exercício da escola. Na universidade escrevi muitos trabalhos científicos, mas nada que exigisse o ato criativo. Só recentemente, 2011, decidi colocar no papel o que estava dentro de mim, aí as histórias começaram a tomar vida.

2. Como surgiu a ideia inicial para a criação de "A cruz de Zeta"?

O protagonista masculino da história já vivia na minha cabeça desde a adolescência, quando pela primeira vez li sobre os alienígenas nórdicos que tinham sido avistados. Ficou lá, adormecido durante muitos anos. Quando decidi escrever para jovens, percebi que essa história era diferente do que se lia, pois estavam na moda os vampiros, que, aliás, continuam por aí. Assim, nasceu A Cruz de Zeta, o amor entre um alienígena nórdico e uma humana.

3. Já existem projetos novos?

Meu projeto mais urgente é a continuação de A Cruz de Zeta, que já estou escrevendo e pretendo, terminar até o fim do ano. Tenho também um romance iniciado, ao qual darei continuidade após terminar o livro 2. Fora isso, estou sempre escrevendo contos. Tenho 11 contos publicados e três para este ano ainda.

4. Existe algum ambiente favorito para suas ideias surgirem? Alguma inspiração?

Gosto do silêncio para escrever. Meu cantinho favorito é meu escritório em casa. Entretanto, a inspiração pode acontecer a qualquer momento. Já criei contos inteiros durante uma caminhada pelo bairro onde moro e outro numa noite de insônia.

5. As editoras finalmente estão deixando um pouco de lado os escritores internacionais e se voltando para os nacionais. O que você tem a falar sobre isso? Você acha que os leitores brasileiros  estão valorizando mais a literatura nacional?

Espero realmente que estejam valorizando a literatura nacional. Temos muita gente boa escrevendo, criando e, muitas vezes, não conseguem publicar. Eu mesma, ainda não tenho uma editora. Minha publicação é independente. Consegui publicar alguns contos em editoras, mas um romance é muito complicado. As editoras querem vendas certas, o que é muito difícil quando você ainda não é muito conhecido.

6. O que você gosta de ler?

Gosto de tudo. Sempre fui voraz na leitura. De romances, a suspense, terror, auto-ajuda e, minha preferência, a ficção científica.

7. Qual a sua maior gratidão?

Gratidão, normalmente, você tem por quem te ajuda. A família, os pais, meu marido, minha filha. Na literatura minha madrinha literária, a Escritora Lycia Barros, sempre a terá. É o pedaço de bolo que é só dela.

8. Qual o seu maior arrependimento?

Acredito que meu arrependimento é não ter começado antes. A vida passa muito rápida e não conseguimos fazer tudo que desejamos. O trabalho nos consome no dia a dia, e nossos desejos vão ficando guardados.

9. Segue alguma religião ou crença? Qual?

Sou cristã. Acredito em Deus e seu filho Jesus, acima de qualquer coisa. O ser humano costuma colocar tudo em caixas, divisórias e nomes. Acredito que Deus não deseja essa separação. O amor está e sempre estará acima de tudo, como falou o Apóstolo Paulo, tão sabiamente.

10. Qual dica ou conselho você deixa para quem quer iniciar uma carreira como escritor?

A maior dica de todas é: escreva, escreva e escreva. Com vontade, sem vontade, com ânimo, sem ânimo... Enfim, a inspiração vem, quando você está escrevendo. Ela não vem sem trabalho, muito trabalho. Por isso, sente e escreva.

Fátima, muito obrigado por essa entrevista. Seu livro é maravilhoso, a história é inovadora no ramo literário brasileiro, você escreve muito bem. Enfim, demasiadamente talentosa!

Deixo esse último espaço para você nos dizer o que desejar. A palavra é toda sua!


Gostaria primeiramente de agradecer pelo espaço, pela oportunidade de poder me expressar. Que bom se pudéssemos fazer isso sempre. Acho que vivemos um bom momento para a literatura brasileira. Muitos escritores nacionais estão tendo visibilidade, o que alguns anos atrás, era difícil de imaginar. Talvez por isso, eu tenha demorado a começar, mas antes tarde do que nunca. Portanto, apesar da crise no país, o momento é agora para começar, para reinventar-se, para buscar o nosso lugar na literatura nacional. Nosso público é muito grande e ávido pela leitura. Viva a literatura nacional!

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