terça-feira, 11 de agosto de 2015

Entrevistando: GUSTAVO C. NEVES


Gustavo C. Neves
Autor do livro "No Centro da Terceira Fileira"

G. C. Neves, natural de Vitória-ES, saiu de casa aos 21 anos para estudar no Rio de Janeiro, onde se formou e vive atualmente com sua esposa. Trabalha no serviço público federal e dedica-se a escrever pequenos textos, um dos quais resultou na obra No Centro da Terceira Fileira.

ENTREVISTA:

1. Como foi o início de Gustavo C. Neves na literatura?

Foi muito inusitado. Eu já tinha toda a estória pronta em minha cabeça desde 2003 e só em 2013 eu sentei para escrevê-lo. Um dia eu estava no ônibus, preso em um engarrafamento, estudando com o meu “notebook” e experimentei escrever uma página, daí escrevi duas, três e, uns quatro meses depois, tinha um monte de páginas desconexas, tipo um quebra-cabeça. Precisei de mais dois meses para organizar as ideias em capítulos e os capítulos em um livro. Foi assim, bem inesperado.

2. Como surgiu a ideia inicial para a criação de NO CENTRO DA TERCEIRA FILEIRA?

O meu primeiro livro, No Centro da Terceira Fileira, começou a existir na minha cabeça um ano após eu terminar o ensino superior, em 2003. Eu fiquei lembrando de várias passagens marcantes em minha vida e de momentos vividos por alguns dos meus amigos. Eles, tanto de homens quanto de mulheres, me contavam certas situações. Outras eu havia presenciado, de pessoas desconhecidas. Então tudo isso se juntou na minha cabeça e formou uma estória.

3. Quais as expectativas para o próximo trabalho? O que podemos esperar de AO CENTRO DA TERCEIRA FILEIRA?


Eu adorei esta pergunta porque queria muito falar sobre isso. O segundo livro é uma parte na vida de Rob em que ele precisa tomar uma decisão muito difícil, depois de ter sofrido uma grande desilusão amorosa.
Ele se doou o tempo inteiro, até mesmo quando não podia, e não conseguiu o que queria. Agora, o rapaz não sabe como agir, por isso, ele se defende como um animal acuado, atacando.
Quando uma coisa dessas ocorre, geralmente, as mulheres tendem a ficar mais emotivas e procuram por apoio. Já os homens se fecham e preferem se isolar, esquecendo-se que nem todas as pessoas são iguais. Eles passam a “pegar” geral, sem querer se comprometer e tendem a se distratar das pessoas que deveriam dar valor.
Esse comportamento tipicamente masculino ficou muito destacado no segundo livro. Então, quem espera pelo romantismo do primeiro, com certeza não vai encontrar. No primeiro livro, mostrei um Rob que se deixou levar pelo romantismo. Agora, no segundo, ele vai ser levado pela dúvida e pela revolta. O leitor precisa entender que essa é uma estória quase real e precisa perdoar o personagem pelas atitudes grosseiras.

4. O que você tem a nos falar sobre esse interesse crescente dos leitores brasileiros por literatura nacional?


Acho que a medida que a qualidade das estórias nacionais cresce, maior será o interesses dos nossos leitores. A diferença é que existe uma indústria muito maior que a nossa, por trás dos livros estrangeiros. Por isso, é mais fácil apoiá-los e investir numa carreira por lá. Existe um investimento maior e novos autores têm muito mais espaços e mais oportunidades.
De qualquer forma, se o autor é bom ele consegue vencer qualquer obstáculo e, com certeza, conquistará muitos leitores, aumentando o interesse pela literatura nacional.

5. Qual a sua maior gratidão?


A minha maior gratidão é para as pessoas como você, como os meus seguidores do Instagram e dos meus leitores. Se não houver vocês, meu trabalho não existe. Seria um monte de papel e tinta empilhados.

6. Qual o seu maior arrependimento?


Eu não tenho algo especificamente para me arrepender, mas talvez de ter começado a escrever tarde, podia ter começado por volta de 2005. De qualquer forma, acho que tudo tem o seu momento para acontecer. E aconteceu em um momento bom também.

7. O que deixa você demasiadamente irritado?


Eu já tenho 38 anos, por isso já sei me dar melhor com muita coisa que me irritava antes. Agora tiro tudo isso de letra, mas teve uma coisa recente que me irritou muito. Perguntaram se o meu livro era igual ao 50 Tons de Cinza!
Quando ouvi isso, sorri e olhei para o lado para não dizer um palavrão, mas eu já perdoei essas pessoas, porque elas não são leitoras assíduas e não leram nenhum dos dois livros. Foi só isso.

8. Pertence a alguma religião?


Sou católico, desde pequeno.

9. O que sua família representa pra você?


A minha família representa o que ela é, tudo. A família é algo que devemos nos dedicar e nos orgulhar sempre, ela estará sempre nos orientando e querendo o nosso melhor.

10. Qual dica ou conselho você deixa para quem quer iniciar uma carreira como escritor?


Escrever. Só isso. Escrever. Às vezes, sentar em frente de um computador e digitar aquelas teclas é algo muito difícil, no entanto, com o tempo, a escrita começa a fluir facilmente. É igual a andar de bicicleta. Você só precisa sentar e fazer.

 Gustavo, muito obrigado por essa maravilhosa entrevista. Deixo esse espaço para você nos dizer o que quiser. Fique a vontade.


Primeiramente agradeço a oportunidade de poder falar para você e quero dizer: "os leitores me levam a escrever"!
Estou muito feliz por todo o carinho que recebo deles, por ter conseguido escrever a sequência, “Ao Centro da Terceira Fileira”, e por interagir com pessoas tão maravilhosas quanto você. Isso é o mais gratificante, eu aprecio muito toda essa dinâmica que as pessoas têm em querer saber mais sobre o livro e sobre o autor.
Eu, inclusive, já tenho um contato mais próximo com alguns leitores, eles me dão dicas sobre o texto, sobre um personagem e até sobre o que eu falo ou da minha forma de agir. Sempre ouço o que me falam, é como se fossem livros que eu leio. Fiquem certos de que alguma coisa vai entrar na minha cabeça e me influenciar na hora de escrever.
Fico à disposição de quem quiserem falar comigo. Contudo, sou uma pessoa comum. Eu preciso trabalhar durante o dia e escrever à noite, mas sempre arranjo um tempinho para me comunicar.
Eu não tenho páginas pessoais nas redes sociais, mas possuo para os livros no Facebook, no Skoob, no Twiter e no Instagram. Neste último, estou mais ativo e se alguém quiser falar comigo, é só entrar em contato por algumas dessas plataformas. Já peço perdão se não responder logo, porque às vezes não tenho tempo, mas, assim que puder, entrarei em contato.
Um beijo a todos, tudo de bom a vocês e muito obrigado pela oportunidade!





2 comentários:

  1. Vejo várias pessoas falando bem desse livro, minha vontade de lê-lo só aumenta.

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  2. O livro é muito bom. O convívio real da juventude.

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