quinta-feira, 7 de abril de 2016

Resenha: CAIM: O PRIMEIRO VAMPIRO - Georgina Cavendish

Título: Caim: o primeiro vampiro
Autora: Georgina Cavendish
Editora: Novo Século / Talentos da Literatura Brasileira
Ano: 2015
Número de páginas: 112
Sinopse:
|"Quando você cultivar a terra, esta não lhe dará mais da sua força. Você será um fugitivo errante pelo mundo." (Gênesis 4:12)

Caim vivia dos frutos de seu trabalho. Seus dias eram praticamente os mesmos até um sonho chamar sua atenção: uma oferenda era tudo o que Deus pedia. Mas, ao contrário do que imaginava, não seria a sua a ser aceita por Ele, e sim a de seu irmão, Abel.
Um momento de loucura. Morte. Caim é marcado para sempre. Agora, não somente o céu o rejeita, como a própria terra e o que ela tem a oferecer. Caim então é obrigado a vagar por ela com apenas uma coisa capaz de saciá-lo: sangue.|
Por um tempo, a literatura vampiresca se intensificou bastante, mostrando inúmeras histórias, dando nortes para vários romances, envolvendo essas criaturas. Um exemplo forte disso é Crepúsculo. Mas, para que todas essas literaturas viessem a ser exploradas, várias ideologias vieram a existir a respeito dos vampiros.
E eis que dentre várias ideologias, surge a ideia que Caim, filho de Adão e Eva, foi o primeiro vampiro. Uma ótima criação e um ótimo embasamento teórico.

Este livro é uma obra de ficção inspirada na história bíblica de Caim e Abel. Não tem a intenção de ser a fiel à narrativa bíblica, muito menos de comprová-la  ou refutá-la. (Página 07)

O livro é narrado em primeira pessoa e me apresenta a Caim, protagonista e narrador de nossa história.
Com um olhar especial da autora, dentro dessa ambientação de princípio de civilização, vamos acompanhando a extrema raiva de Caim, em relação ao seu irmão Abel. 
A maioria das pessoas conhecem essa história bíblica e sabem que Caim matou Abel por revolta, pois sua oferta não foi aceita, pelo fato de não ter sido a sua melhor colheita e de seu irmão, sim.  Essa situação de ódio o transfigura, a ponto de tirar a vida do inocente Abel. A partir daí, Caim é punido por Deus, pela tragédia cometida, tendo que viver como um fugitivo errante, sem expectativas e sonhos. A terra que era seu meio de trabalho e sustento, não iria mais frutificar ao seu toque. 
Sendo, também, selado com uma marca para que todos que o vissem, não o matassem. Com isso, ele teria que viver com aquele julgo pesado, eternamente. 
O sangue inocente que adentrou a terra, clamava e, por meio dele seria punido amargamente.
Caim foge de seu lar e acaba conhecendo Annabel, onde se apaixona perdidamente e descobre as sensações do prazer, da transformação e das novas necessidades para se manter: sangue.
Desse casal, nasce Henoc, e vamos acompanhando a complicada situação daquele povoado onde viviam, pois, devido algumas situações, homens aparecem mortos tragicamente e uma grande suspeita é levantada. As evidências vão ficando cada vez mais fortes para cima de Caim, mas não posso contar mais coisas, pois não quero estragar as experiências de vocês. 
A punição é uma das mais pesadas, na minha opinião, nivelada com o ato errôneo de Caim.

Sinto meu peito apertar, essa sim é minha maldição: ter que deixar os que eu mais amo para trás sem poder fixar-me em lugar nenhum. Agora eu a entendo. A sede, o sangue, as mortes não são nada comparadas a isso, comparadas à dor que isso causa. (Página 82)

Com toda sinceridade, estava com receio dessa leitura, pois uma amiga blogueira me orientou, dizendo que era uma teoria louca, escrito por uma mulher maluca que escreveu qualquer coisa. 
Mas, ao concluir a leitura, discordo plenamente dela, achei que faz muito sentido como a autora introduziu toda a teoria, numa ideologia onde o sangue teve um significado e como perpetuou como julgo. 
A única agonia que tive ao ler, foi o fato de entendermos toda  a história pelo ponto de vista de Caim. Gostaria muito de visualizar a situação, pela cabeça de Abel, antes de morrer é claro, ou até mesmo, estar na cabeça de Annabel. Senti essa necessidade. Acredito que em terceira pessoa, a leitura poderia ficar mais dinâmica e interessante. 
A diagramação deste livro é muito confortável: maravilhoso espaçamento entre as linhas. Os capítulos curtos facilitaram bastante a leitura. Todos os profissionais envolvidos estão de parabéns. A leitura flui muito bem, você consegue visualizar os personagens na sua mente, tranquilamente. 
Por fim, amei a teoria apresentada pela autora, fico muito feliz, pois não é algo que não faça sentido, muito pelo contrário, os fatos  e as circunstâncias se encaixam muito bem. 
Leitura rápida, gostosa e por isso, super recomendo.
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Site do Selo Talentos da Literatura Brasileira:

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